Minhas Experiências

                                                            MINHAS EXPERIÊNCIAS

       Frequentei as salas da escola dominical, na igreja A.D. do distrito Partenon (e sempre criei discussões na sala por pensar diferente, mas isso não vem ao caso agora).

      A maior parte das pessoas que conheço são cristãs desde crianças. Aliás, alguns de nós nascemos em berços evangélicos ou começamos ir a alguma igreja quando crianças.

      Eu me lembro das aulas sobre a vida de Jó, que mesmo quando tinha TUDO para reclamar continuou amando a Deus. De Adão e Eva que desobedeceram a Deus, comendo o fruto e abrindo as portas do mundo para o pecado.

      A história de Jesus, que é o filho de Deus e veio ao mundo para morrer por nossos pecados e nos salvar... Ah! Como era divertido! Esse tempo era muito gostoso, mas eu cresci. Meus amigos também cresceram.

     Alguns, mesmo sendo poucos, tiveram um encontro real com Cristo naquela época. Outros, como  EU, iam na igreja por causa dos pais e tiveram um encontro real com Cristo na pré-adolescência ou na               adolescência.

      E ainda há os que NUNCA tiveram encontro algum com Cristo e hoje não lhes serviu de nada aquelas aulas. Uns se decidiram como cristãos, outros se tornaram apenas ESQUENTADORES de banco.

      A verdade é que quando crescemos esquecemos de muitas (se não todas) das aulas que tivemos quando crianças. Esquecemos de todas as lições que tivemos com a vida de Jesus, Samuel e todos os outros personagens bíblicos que ouvimos quando crianças. E isso é um erro trágico! Parece que a alguns fatos servem apenas para crianças e pessoas nova na fé. Será que é isso mesmo? Uma parte da Bíblia serve apenas para enquanto estou fraco na fé e a outra para quando amadureci?

      Existe um modo de pensar que muitas vezes temos e nem percebemos: “O que eu aprendi nesse dia ou naquela época, serve apenas para aquela época”. Isso é um grande erro! Pois tudo o que aprendemos naquele tempo, devemos continuar levando para nossa vida.

      A mesma coisa que tínhamos que fazer quando crianças, devemos fazer quando adultos. Quero deixar claro que quando digo que devemos fazer o mesmo que fazíamos quando criança, não são os erros, mas sempre que aprendíamos algo nas escolinhas da igreja, queríamos aplicar as nossas vidas.

      Lendo o livro de Jó, aprendi várias coisas que já era para eu ter aprendido a anos atrás. A verdade é que sempre soube a história de Jó, mas nunca quis aplicar a minha vida. ”Tudo bem, devo adorar a Deus mesmo em meio aos problemas, mas isso não serve mais pra mim! Isso servia pra mim a alguns anos atrás quando eu não tinha entrado nas lutas da adolescência. Isso valia pra mim até um tempo atrás, quando eu ainda não podia sair sozinho, quando eu ainda não tinha bastante responsabilidade…” Essa é a forma de pensar que muitas vezes as pessoas tem e nem percebem..

      Parece que só porque os personagens da Bíblia não tinham um perfil no twitter ou no facebook, eles não passavam pelo mesmo problema que você passa. E de fato não passavam. Mas geralmente você costuma achar que o seu problema é pior do que o problema do outro. Mentira! O problema de cada pessoa é proporcional a estrutura da pessoa. Deus te criou. Ele te conhece e se ele permitiu que algo acontecesse na sua vida, ele sabe que isso servirá para despertar novas coisas em você.

      Talvez o verdadeiro problema seja não saber aplicar na sua vida pessoal aquilo que você aprendeu nos grupos caseiros, nas reuniões nos fins-de-semana, e o que você aprendeu nas “salinhas” quando era criança? Não lembra?

      Vou dar um exemplo bem comum que acontece na vida da maior parte dos jovens cristãos: Vou a um evento tremendo e Deus fala várias coisas que tenho que mudar na minha vida. Eu me quebranto, eu choro, eu grito, eu me arrependo, eu faço tudo! Acaba o evento e eu saio da lugar com o coração ardendo por Deus. Saio querendo mudar o mundo, mas três semanas depois eu volto a minha vidinha normal. E aquele evento que naquele fim de semana tinha sido impactante na minha vida, fica assim: uma experiência de fim de semana. Mais um evento de “ativação profética” no meu currículo evangélico.

      Nos últimos eventos e reuniões que tenho participado, minha oração tem sido para que Deus não deixe as minhas experiências com Ele não sejam experiências de fim de semana, mas que eu saiba aplicar na minha vida e coloque tudo em ação por toda a minha vida, não apenas por um tempo.

      Eu não quero mais que todas as coisas maravilhosas que eu aprendi sirvam apenas para amadurecer. 

      Quero que tudo isso me aproxime mais do Senhor e a minha vida desperte o mesmo nos outros.

      Não quero amadurecer demais ao ponto de apodrecer. Um fruto que amadurece e envelhece, apodrece. Quero apenas crescer para mais perto de Deus e que toda forma de conhecimento, toda experiência seja algo real. Que toda experiência que eu tiver com Deus vá além das minhas emoções e das minhas lágrimas, mas que alcance meu coração e a minha mente.

      De glória em glória, de fé em fé. Sem retroceder ou ficar inerte.