17 de janeiro de 2012

Crente na TV

                                                 

                       



                                                  CRENTE NA TV


     Na Segunda Feira encontrei a Ju Simas no Lindóia, paramos para tomar um café e de cara começamos a falar da coisas de Deus (sobre livros que estamos lendo e tals). Quando eu estava a caminho de casa fiquei pensando na ALEGRIA de ter amigos discípulos. Amigos que tem conteúdo do SENHOR para transmitir. Louvo a Deus por tooooodos meus amigos.

     Falando em algo do Senhor para transmitir, fiquei sabendo por meio de uma revista, que tem duas CRENTES, ou melhor dizendo EVANGÉLICAS, no BIG BROTHER BRASIL.

     Eu particularmente fiquei de CARA, não sei se isso é pra ficar feliz, mas não curti meeesmo esta baixaria.

     Tempos atrás, ser crente - melhor dizendo, PROTESTANTE, era coisa de gente esquisita, religiosa ao extremo, ou, na melhor hipótese, um tipo qualquer de CHATO, todavia, na maioria dos casos, pessoa séria e, quase sempre, confiável.


     Hoje, ser crente - melhor dizendo, evangélico, PIOR DIZENDO, gospel, é para, os ímpios, sinônimo de toda sorte de adjetivo pejorativo, do irônico ao agressivo. E a culpa é de quem?

     Não pretendo aqui condenar gente sem noção, do tipo que curte se divertir à custa da fé dos outros e que, geralmente, fala sem conhecimento de causa, que nunca leu a Bíblia (se leu, não entendeu bulhufas) e apenas acha intelectualmente impressionável tirar onda dos cristãos.


     Quero aqui, centrar fogo no comportamento dos EVANGÉLICOS, cuja vergonha na cara tem se tornado artigo em escassez.

     Por exemplo: às vezes acho perda de tempo esse negócio de crente famoso ir a programa de televisão, sob a justificativa (ingênua, a meu ver) de evangelizar os descrentes.A palavra nunca volta vazia, costuma-se dizer, como que procurando desculpar-se pelo fato de estar sentado à roda de escarnecedores. Resultado: salvo honrosas exceções, o irmão famoso acaba alvo de CHACOTA na boca dos ímpios.

     Teve um caso da cantora Sara Sheeva, entrevistada no programa Manhã Maior, da Rede TV. A "pastora" e ex-cantora do grupo SNZ revelou que sua conversão se deu após uma experiência sobrenatural: “Eu vi o mal. Eu vi dentro de uma pessoa" - afirmou. "Uma pessoa incorporou um espírito no meio da rua, na minha frente, e os meus olhos se abriram, espiritualmente falando", completou. Ela disse ainda estar sem sexo há 10 anos e sem beijar na boca há nove.

     A turma do facebook deitou e rolou.


     O depoimento da pastora foi motivo de piada.


     E sobrou para todos os evangélicos. Fomos chamados de falsos puritanos, julgadores da vida alheia e claro, desequilibrados que precisam de ajuda psiquiátrica.


     Pergunto: será mesmo que o Reino de Deus precisa desse tipo de participação televisiva?


     O programa, claro, ganha em audiência. Mas, e a Palavra, foi mesmo pregada?


     Os descrentes foram mesmo impactados pelo testemunho de mudança? Ou a coisa toda serviu apenas para colocar o Evangelho como ALVO DE ZOMBARIA?

     Nem precisa dizer que há lugar, hora e maneira de se dizer as coisas, a fim de se atingir o objetivo desejado. Falar de coisas espirituais para ouvintes leigos no assunto, ateus, agnósticos ou simplesmente vazios do Espírito, ou mesmo arrogantes intelectualóides, é quase sempre chover no molhado. 

     Eles estão vendo televisão!. Não estão dando (minima) atenção para o amor de cristo.

     Por outro lado, assisti a uma entrevista de Victor Belfor e Joana Prado ao apresentador Luciano Huck e gostei da postura dos dois. Sem apelar ao evangeliquês, disseram que a conversão foi a melhor coisa que aconteceu na vida deles e que a mudança se tornou evidente. O próprio Huck admitiu:MUDOU PARA MELHOR, referindo-se à Joana, que ficou famosa como a Feiticeira em programa apresentado por ele.


     Acredito que é assim que se faz. E quem quiser conhecer o Jesus que transforma vidas, que venha. Ele está sempre de braços abertos.

     A verdade é que são as atitudes e o caráter que mostram se uma pessoa é cristã ou não. Ir à igreja, pregar, cantar louvores ou dar entrevistas na televisão, gravar CD... NADA DISSO faz de alguém um verdadeiro discípulo de Jesus.


     Aliás, ator é o que não falta no meio evangélico.


     Tem gente que consegue até separar bem as coisas: “Na igreja sou FULANO DE TAL, fora dela faz o jogo do mundo”. Coitado de quem pensa assim.


     Cristo nos ensina a ser discípulos onde quer que estejamos (é o que eu aprendo com meu discípulador). É justamente fora da igreja onde eu mais preciso dar testemunho de quem eu sou nEle.

     Não precisamos agir como juízes do mundo, nem tentar parecer puritanos ou, muitas vezes, hipócritas diante do pecado alheio, para mostrar que somos discípulos.


     Temos que ser VERDADEIROS, com nossos erros e acertos, arrependendo-nos diante do pecado, perdoando e estendendo a mão a quem precisa se levantar. Pregar o Evangelho é tarefa de TODOS, aproveitando cada oportunidade.


     Até mesmo, com a devida prudência, em programas de televisão.


     Mas, um pouco de cabimento não faz mal a ninguém. Lembram da Baby do Brasil mostrando ao Jô Soares como se fala em línguas estranhas? Ninguém merece! O Jô (que de modéstia intelectual não tem nada) tirou sarro do início ao fim da entrevista.

É bom que fique claro: não me importo com os comentários vazios e escarnecedores dos descrentes. O que me incomoda é a falta de noção de CRENTES que esquecem de buscar em Cristo a forma mais inteligente de pregar o Evangelho.

O que, aliás, às vezes nem precisa de muitas palavras.

    

Um comentário:

  1. Oi Rodrigo querido, saudade de ti! Esses dias recebi uma mensagem no cel sua mas acho q vc mandou sem querer pra mim.. hehe! Como vc e a Reicla estão?! Tenho lido seus textos. Prossigamos em conhecer a palavra do Pai! Beijos

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