19 de janeiro de 2012

SANTO


                               


              SANTO

     Quando olho para dentro de mim mesmo e vejo todas as minhas vontades, desde as mais puras até as mais sujas, percebo que na verdade o que eu mais preciso é de Deus. Eu preciso dEle. Não tenho como negar isso.
     Posso até tentar me satisfazer de diferentes formas ou maneiras, mas não tem nada que me satisfaz de forma tão completa quanto Deus.
     Cada vez que caminho em direção a esse DEUS tão magnífico, algo dentro de mim acontece e sinto que já não tenho prazer em coisas ruins. É como se aos poucos Ele restaurasse dentro de mim a natureza que o homem tinha inicialmente.
     Não é uma SANTIDADE hipócrita nem uma tentativa de “viver separado” para ser melhor visto, alegando que na verdade sou separado porque sou dEle. Não!
     É incrível ver que quando Deus se fez carne e habitou entre nós, andou no meio dos menos santos como eu.
     Fico ainda mais surpreso, ao ver que viver e andar entre pessoas que não eram santas, não o tornou menos santo. O resultado foi totalmente o oposto disso, pois as pessoas que estavam ao redor dEle se santificaram, e isso não significou exatamente que elas foram para uma classe social mais elevada, mas os que se consideravam de uma classe social mais elevada já não eram superiores.
     Frequentemente falamos sobre santidade e a vivemos religiosamente. Mas essa santidade brota mais de uma metodologia do que de um relacionamento íntimo com Deus.
     Parece que quanto mais atingimos essa santidade metodológica, mais nos esquecemos de que nada valerá nessa santidade se ela não servir para nos aproximar de Deus e refletir mais do caráter dEle em nós.
     Olhando as pessoas que buscam essa santidade metodológica (que muitas vezes encontro em mim mesmo) percebo que ela serve como um troféu deorgulho cristão.
     Então vejo diversas vezes muitas pessoas caindo no erro de achar que seu pecado é menor que o pecado de um “não cristão”. Como que se o sacrifício de Cristo fosse apenas para os que já estão sarados.
     Por acaso Cristo não disse que ele veio para os enfermos? Ele por acaso deixou sua santidade por cumprir sua missão? É claro que não!
     Nosso chamado à adoração não contradiz nosso dever de pregar o amor de Deus. Todos foram criados para “louvar e adorar” e chamados a viver o amor dEle.
     Cristo viveu em santidade, se relacionando com o pai e não deixou de cumprir sua missão.
     Se nossa santidade nos servir de orgulho não é a santidade de Deus refletida em nós, mas uma metodologia que nos serve de ascensão social (que também não servirá pra nada).
     A santidade metodológica é tóxica, pois ela nos cega do Deus verdadeiro, nos levando para perto de um Deus que nós mesmos criamos e imaginamos como Ele é.
     A santidade fruto do relacionamento com o Deus verdadeiro, nos leva para perto dEle e faz com que o caráter dEle seja refletido em nossas vidas.
     Não faça as coisas por fazer. Não viva por regras. Viva guiado por Deus. Encontre-o em sua Palavra, em uma canção que revela seu amor. Encontre-o em uma poesia que revela os segredos do Criador em suas entrelinhas. Encontre-o no silêncio ou na agitação da cidade, mas não crie métodos para encontrá-lo.
     A Santidade de Deus está somente nEle e não há nada que possamos fazer para consegui-la, a não ser nos aproximarmos dEle e obedecermos a Ele.

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